Aviso da Liga dos Betas

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Galerinha linda!

Em primeiro lugar gostaríamos de avisar que não abandonamos o blog, só estamos em processo de reformulação de várias áreas da Liga, tudo isso para atender melhor a todos os autores do nosso portal querido! Portanto, aguarde-nos dia 01.01.14 com super novidades! 

Em segundo lugar, queremos desejar um feliz ano-novo para todo mundo! Que 2014 seja um ano mágico e repleto de boas surpresas — e boas histórias, claaro!

Esse ano de 2013 foi muito especial para a Liga, pois, apesar de já trabalharmos desde abril ou maio de 2012, fomos oficializados no Nyah e pudemos trabalhar mais pertinho de vocês, autores. Sabemos que ainda é possível melhorar muito, mas vontade não falta! Estamos sempre reformando processos e criando projetos, pensando em ajudar cada vez mais todo mundo. Que em 2014 muitos novos betas entrem para nossa grande família e que possamos ter um alcance muito maior na vida de todos!

Um grande abraço!

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[Pedido] Escrevendo cenas românticas

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Por: Mayy-chan (Liga dos betas)



Olá. Hoje falaremos sobre algo que é motivo de dúvida entre muitos ficwhriters que conheço. Penso ser sobre algo que até alguns renomados autores têm certa dificuldade: falaremos sobre como narrar uma cena de romance.

Quem aí já se cansou de fanfics em que, nas cenas de romance tão esperadas, leem apenas as seguintes palavras: “E ele me beijou”, ou coisas horrivelmente melosas em que a personagem passa um terço da fanfic descrevendo o seu beijo maravilhoso com o seu “príncipe encantado”.

Pois bem, para se escrever uma boa cena de romance, temos que nos lembrar de um fato importantíssimo: beijos são coisas que nos despertam sentimentos. Não importa se foi nojo, por causa de uma situação forçada ou apenas desagradável, ou felicidade, pois a personagem esperou por muito tempo por aquilo ou simplesmente achou agradável.

Outra coisa que é muito importante: o primeiro beijo nunca é algo intenso ou divino. Que atire a primeira pedra quem teve o seu com seu príncipe encantado no meio de uma praia com um lindo pôr-do-sol ao fundo e uma trilha sonora perfeita tocando. Vamos ser um pouco realistas, okay? Sua personagem pode até gostar, porém não pode ser algo profundamente intenso. Contudo, temos que lembrar que, ela querendo ou não, vai ser inesquecível.

O mais importante nessas cenas, é se lembrar de suas próprias experiências ou se inspirar em algumas autoras que realmente são boas nisso, cujos livros sejam mais focados no romance.

Também não podemos nos esquecer de que cenas de romance não são apenas beijos. Abraços, cafuné, andar de mãos juntas e outras coisas assim, também são contados como romance e, além de darem um toque mais real à fanfic, ainda fazem com que seu texto fique mais rico.

Vejo muitas autoras confundirem a forma como narrar o afeto que a personagem sente pelo seu melhor amigo, e o amor que sente por aquele cara que faz seu coração bater mais forte. E isso é algo essencial, por isso vou tentar diferenciar ambos os sentimentos:

Um sentimento de afeto é bem mais calmo, agradável e que faz o coração ficar estabilizado. Já o amor é bem mais conturbado, desesperador e faz sentir como se fosse vomitar todo o coração.

E, claro, não podemos esquecer que para compor uma cena de romance, a personagem não deve apenas chegar ao lugar onde está o garoto de seus sonhos, falar qualquer coisa sem sentido e, de repente, os dois estão se beijando. Antes disso temos que criar um cenário, além da forma como os dois personagens foram parar lá juntos.

Também não é adequado, a meu ver, fazer uma cena de beijo um dia após o casal se conhecer. Seria bom ter uma espécie de “enchimento”, nada que seja do tipo: “Eles se esbarraram na rua, ele olhou nos olhos de Jujuba e beijou-a”. Até porque, se fosse assim, não seria romance.

É extremamente importante, porém, e a maioria das pessoas se esquece, ter em conta que o nosso corpo envia sinais de quando estamos interessados por uma pessoa. Exatamente pelo fato de quase ninguém se lembrar, resolvi citar alguns sinais que me parecem ser importantes:

(1) Demonstrar cuidado com a aparência;
(2) Sorrir com frequência;
(3) Posicionar o corpo na direção da outra pessoa;
(4) Inclinar o corpo e imitar a postura do outro;
(5) Tocar na outra pessoa;
(6) Ficar muito perto durante uma conversa;
(7) Olhar fixamente para a outra pessoa;
(8) Prestar muita atenção na outra pessoa;
(9) Tomar a iniciativa de contato;
(10) Prolongar o encontro;

Mas é claro que não podemos nos esquecer de sempre manter a personalidade dos personagens. Isso é um fato de suma importância.

Agora penso que deu para tirar boa parte de suas indecisões sobre as cenas romance. Espero que tenham gostado e possam fazer bom uso dessas dicas em suas fanfics.


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O Deficiente Visual e A Liga Dos Betas

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Por: Carolina Herdy
(Liga dos betas)


Alô, leitores e leitoras do meu blog favorito!

Como estão todos? Espero que bem. Alguns de vocês, fora os membros da Liga, é claro, devem lse embrar de mim pelos reviews gigantescos e cheios de exigências que costumo escrever aqui e ali. Eis que fui convidada para contar a vocês — através de um post igualmente gigantesco — uma novidade. Que novidade? Vocês desejam saber. Pois respondo: eu mesma!

Quantos leitores do blog, usuários do Nyah! Fanfiction, etc e tal, sabem que há um deficiente visual na Liga dos Betas? Poucos, creio. E vocês não precisam ler tudo de novo; a informação está correta: sim, sou uma deficiente visual! Sim, sou uma beta reader! Sim, posso usar o computador!

Convidaram-me então a relatar um pouco a minha experiência enquanto deficiente visual e Beta. É o que vou fazer. Porém, antes de começar a narrar minhas próprias vivências, acho interessante inteirá-los no meu mundo, para melhor compreensão do que eu venha a dissertar sobre ao longo do texto.

Entendam uma coisa: existem inúmeras maneiras de um cego usufruir plenamente, ou quase plenamente, de um computador. Programas controlados por voz é uma delas. A outra é utilizando um software especial que tem como função sintetizar a voz humana e, através desta, transcrever textos exibidos na tela da máquina. Em poucas palavras, ler a tela de um PC em voz alta. Chamamos carinhosamente esses softwares de "leitores de tela".

Claro, há mais de um no mercado. No mercado? Bem, alguns podem ser, inclusive, adquiridos gratuitamente na Internet! Contarei um segredo: conheci pessoas com visão perfeita que baixaram leitores e instalaram nos micros. Por quê? Ora, por preguiça de ler! Creiam! São confortáveis e compreensíveis? Bem, da mesma forma que existem várias empresas disponibilizando seus próprios leitores, existem várias outras disponibilizando vozes sintetizadas para serem instaladas e utilizadas. Vozes diferentes, ao gosto do freguês!

No Brasil, o primeiro software desenvolvido com essa finalidade foi o Dosvox, quando um deficiente visual, Marcelo Pimentel, procurou a UFRJ para cursar. Em parceria com o professor Antônio Borges, criou, em 1993, um programa que eu, assim como outros deficientes visuais, fazem uso até hoje. Apesar de que o Dosvox não é, exatamente, um leitor. Digamos que seja um pequeno sistema operacional; um único software cheio de ferramentas como um player de áudio, um editor de texto, um editor de som, jogos, etc, totalmente controlado por opções nas teclas, as quais são bem intuitivas. Tudo muito lindo, tudo muito bom, mas não podemos ignorar o fato do Dosvox ser deveras obsoleto. Falarei sobre isso mais à frente.

Enfim! Estou enchendo bastante linguiça, mas não para esticar a postagem e deixá-la no nível dos meus reviews. Como tagarelei antes, é preciso que vocês tenham certa compreensão da coisa para conseguirem acompanhar meu raciocínio nas próximas linhas. Pois bem: sabendo que sou deficiente visual, usuária de um computador com o auxílio de um leitor de telas gratuito chamado NVDA (NonVisual Desktop Access) e do Dosvox, ferramenta já citada, além de usuária do Nyah! Fanfiction, decidi, um belo dia, integrar à Liga dos Betas. Já tinha esse desejo há tempos, mas todo muno tem um pouquinho de medo dos betas, sejamos sinceros. Comigo não era diferente. Pois bem, eis que tomei coragem e decidi ingressar na Liga. Estava com certo receio, uma vez que os leitores não são perfeitos. Eles não leem tudo que surge na tela; não descrevem imagens, nem reconhecem letras marcadas com algum caracter especial. Basicamente, quanto mais bonito um site é, mais inacessível para nós ele pode ser. E se, uma vez lá dentro, eu me deparasse com algo que não conseguisse lidar? E se, para betar um texto, eu precisasse utilizar de ferramentas inacessíveis? Oh Deus, que terror!

Ok, mas lá fui eu. Fiz os determinados testes. Tudo bem. Nada complicado; nada inacessível. Quando dei por mim, estava na Liga, sendo recebida de braços abertos. Estava começando a acreditar que o meu desespero foi em vão!

Aceitei minha primeira betagem após três dias de presença na Liga. Li algumas sugestões de betagem e Oh Deus, lá estava o desespero de novo! Tendo em mente que eu usava o editor de texto do Dosvox, o qual é muito limitado e antiquado, como eu poderia corrigir o texto de forma clara ao seu autor? O editor em questão não oferece muitos recursos de formatação; colorir um determinado trecho, por exemplo, é uma tarefa quase impossível! E ainda assim, se eu pudesse colorir, como saberia que o teria feito corretamente? Então, tive que criar meu próprio método louco de betagem, utilizando o pouco que tinha: trechos em negrito, sublinhado e claro, minhas próprias palavras.

Não recebi qualquer reclamação. Ainda assim, sentia dificuldades em passar para minhas autoras o que gostaria. Deveria existir outra forma, não poderia ficar presa ao Edivox! Um belo dia, sem muito o que fazer em casa, decidi explorar o Microsoft Word. Internet, meus caros! Nela, encontra-se de tudo! E nela, encontrei uma apostila com atalhos bem simples para o Word, possibilitando um uso mais confortável com um leitor de telas. Não deu outra! Abri o bendito, escrevi qualquer coisa e fiz algumas brincadeiras mirabolantes. Depois, mostrei o documento devidamente formatado a alguns amigos "enxergantes", que me deram a certeza: tudo estava no seu devido lugar.

Foi quando percebi que não é preciso ter medo da tecnologia para ser um beta reader. Comentei isso com meus colegas de Liga. Daí surgiu a ideia dessa postagem. Afinal de contas, não sou a única deficiente visual que lê e escreve no Nyah! Fanfiction. Existem outros. Talvez, como eu tinha, eles tenham medo dos betas e da suposta falta de acessibilidade. Talvez, outros usuários nem saibam da existência da remota possibilidade de um cego ler, escrever e até mesmo corrigir um texto. Talvez essa postagem não sirva pra muita coisa. Vai saber? Sei que cumpri com o objetivo de contar a vocês a dita novidade. E olhem, até que não me estendi tanto!

Bem, amigos, pretendo regressar em breve ao blog com novas postagens, contribuindo com alguma outra coisa que não tenha, necessariamente, a ver com minha condição. Grata por terem lido até aqui. E lembrem-se de duas coisas: primeira, se você é um deficiente visual, a Liga dos Betas não morde! Segunda, se você enxerga, lembre-se da primeira!

***


Material consultado:

O que é um leitor de telas? Link da Wikipédia, mas está ok: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitor_de_tela 

Página do Projeto Dosvox: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/risco.gif|

Página do NVDA em Inglês: http://www.nvda-project.org
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Denotação x conotação

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Por: Noni Aimer-Alisha (Liga dos Betas)



Olá. Hoje falaremos sobre denotação e conotação. Essas duas ferramentas da língua portuguesa, quando utilizadas corretamente, podem fazer uma grande diferença no texto. Grande parte dos ficwriters usam-na sem nem mesmo distinguir uma da outra ou sem ter ciência de que estão usando-a. Vamos começar com suas definições:

Denotação: é uso da palavra em seu sentido original, aquele primeiro sentido que aparece no dicionário. Exemplo: sereia, no sentido real, seria o ser marinho com aparência de mulher que, com seu canto, atrai pescadores e os mata.


Conotação: é o uso da palavra no sentido figurado, simbólico. Exemplo: sereia, cuja palavra, usada como gíria, pode referir-se a uma mulher bonita.

Uma pedra no caminho pode referir-se a uma pedra de verdade ou, figuradamente, a um obstáculo a ser vencido. A linguagem conotativa pode estar entrelaçada às metáforas de modo muito significativo, por exemplo, na expressão "aquele rapaz é um gato". Se ele é um rapaz, então não é um gato (animal), mas ele pode ser um gato (bonito, lindo).

Muitas vezes a linguagem conotativa é usada em poemas e em narrações de romances, mas também pode ser vista em livros de terror com termos como "tremer de medo", porque o medo pode causar tremor, mas há a conotação do termo tremer, que seria algo como "sentir muito medo".

Já quando se fala em denotação, vemos textos mais técnicos, como artigos de jornais, reportagens e biografias. O foco é usar a palavra para relatar o que ela realmente é, seja um objeto, uma cena. Dizer que nuvens são como algodão, brancas, macias e leves é usar a conotação. Sabemos que ela é branca, mas já a tocamos para saber se é leve ou macia?

Então, podemos dizer que a conotação é usada também para comparar uma coisa a outra sem realmente compará-la (já que seus valores em si são diferentes), ou quando não se sabe como colocá-la em palavras, cria-se uma imagem de como ela seria.

As estrelas são poeira cósmica, pessoas que já faleceram, vagalumes, pontos brilhantes no céu ou cometas? É tudo muito relativo, mas ela pode ser usada como simbologia ou em sua forma verdadeira. O que revelará se sua linguagem é conotativa ou denotativa será o tipo de texto que está sendo escrito.
Eis, portanto, um poema para reflexão (onde o sol é usado conotativamente):

O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão
...
Que os braços sentem
E os olhos veem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos veem
Que os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção
(Dois rios – Skank)

Aqui temos a "versão" denotativa do sol:

O Sol (do latim sol, solis ) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.

As diferenças são bem visíveis, não? Então, desfrutem bastante dessa diferença e usem as palavras do modo como acharem melhor para seus textos.



Fonte: Wikipedia.org
Brasilescola.com
Gramaticaonline.com.br
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As imagens que servem de ilustração para o posts do blog foram encontradas mediante pesquisa no google.com e não visamos nenhum fim comercial com suas respectivas veiculações. Ainda assim, se estamos usando indevidamente uma imagem sua, envie-nos um e-mail que a retiraremos no mesmo instante. Feito com ♥ Lariz Santana